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Esquecido, Endrick ainda vive Copa América só de Disneylândia

Centauro Copa América 2024 Redação Placar

Redação Placar

Publicado em: 03/07/2024

Esquecido, Endrick ainda vive Copa América só de Disneylândia

Pouco utilizado por Dorival, atacante jogou 30 minutos em três jogos e está distante de protagonismo aguardado na competição

O técnico português Abel Ferreira, do Palmeiras, fez uma recomendação um tanto quanto curiosa pouco antes de Endrick se sagrar campeão da Copa São Paulo pela primeira vez, em 21 de janeiro 2022: “o clube poderia comprar uma passagem a Disneylândia para ele e a família. É o que precisa no momento”. A reação foi uma resposta direta a quem sugeria que já pudesse integrar o prodígio de apenas 15 anos ao grupo que disputaria o Mundial de Clubes naquele ano, perdido para o Chelsea.

Endrick, já com 18, cumpriu nos últimos dias a sugestão do agora ex-treinador no Verdão. Aproveitando folga na preparação da Copa América, ele foi ao parque temático acompanhado da família e do atacante Rodrygo, mas terminada a primeira fase da competição parece esquecido pelo técnico Dorival Júnior. A Copa América para Endrick ainda é só Disneylândia.

Escolhido para entrar aos 40 minutos do segundo tempo na vaga do lateral-esquerdo Wendell, Endrick passa longe de ser a primeira opção do treinador.

Soma menos de um tempo dentro de campo: dez minutos contra os colombianos, além de 11 e 19 diante de Paraguai e Costa Rica, respectivamente. Diante dos colombianos, foram apenas três ações com a bola, dois passes e uma perda de bola.

As poucas oportunidades até o momento chamam atenção. Antes do iniciar o torneio, o jogador havia balançado as redes em três das quatro oportunidades no ciclo com Dorival: nas vitórias diante de Inglaterra e México, além do empate contra a Espanha. Só passou em branco no empate com os Estados Unidos, quando atuou 25 minutos.

Questionado em entrevista coletiva concedida durante a passagem em Los Angeles, o camisa 9 atenuou lembrando, curiosamente, das lições aprendidas com Abel Ferreira. Endrick disse que não quer pular etapas e que respeita “o tempo de Deus”. Mesmo assim, deixou claro que não teria preferência de posicionamento, podendo atuar em qualquer função no ataque.

“Eu quero jogar, cara. Quero ajudar do jeito que for: como meia, como atacante… onde ele ver que posso ajudar o Brasil. A gente conversa todos os dias”, explicou na ocasião.

Endrick salta atrás de nomes como Savinho, autor de um gol na vitória por 4 a 1 contra o Paraguai, e de Raphinha, que marcou de falta contra os colombianos. A possibilidade é que possa ganhar uma chance com a ausência de Vinicius Júnior, suspenso pelo segundo cartão amarelo. Dorival por várias vezes pediu calma com a insistente possibilidade de escalá-lo como titular.

“É algo que vai acontecer naturalmente. Pode não demorar muito porque ele é extremamente habilidoso. Estão com pressa para colocá-lo em campo, mas é preciso ter um certo equilíbrio. Quem me conhece sabe o quanto gosto de trabalhar com jovens”, explicou.

Nesta temporada, ele soma quatro gols, duas assistências e 22 partidas pelo Palmeiras. Com 17 anos, é o jogador mais jovem entre os 26 convocados para a competição continental.