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Danilo quer severidade contra racismo na Copa América: ‘Sem passar pano’

Centauro Copa América 2024 Redação Placar

Redação Placar

Publicado em: 24/06/2024

Danilo quer severidade contra racismo na Copa América: ‘Sem passar pano’

Conhecido por posicionamentos em temas espinhosos, lateral pediu para que a entidade puna manifestações do tipo durante a competição

O lateral-direito Danilo, da seleção brasileira, cobrou a Conmebol de punições exemplares em casos de racismo na Copa América. Em entrevista coletiva concedida neste domingo, 23, no SoFi Stadium, o jogador conhecido por posicionamentos em temas espinhosos – recentementes falou sobre machismo na sociedade, além das condenações de Robinho e Daniel Alves – pediu por “severidade” e para que a entidade não “passe pano” em casos de manifestações do tipo durante a competição.

Logo no jogo inaugural da competição, o zagueiro Bambito, de Canadá, foi alvo de injúrias racistas nas redes sociais depois de uma entrada dura em Lionel Messi na derrota por 2 a 0 para a Argentina, em Atlanta.

“Não só aqui, não é só com Vinicius Júnior. O racismo tem que ser tratado sem flexibilidade, punido com severidade. Não podemos passar pano. A partir do momento que tem certeza de quem cometeu o ato, tem que ser punido de forma exemplar. Espero que não tenha na competição. Futebol é união dos povos, culturas, momento que integra as classes sociais, raças, etnias… Seria decepcionante isso em um torneio histórico. Meu desejo [e que seja protagonista pelo que acontece em campo”, disse o jogador.

O caso envolvendo o defensor canadense provocou manifestações da federação do país, que se disse “profundamente perturbada pelos comentários racistas” tendo notificado a Concacaf e a Conmebol sobre o assunto.

Em diversos momentos da preparação, jogadores como Rodrygo, Endrick e outros mais jovens citaram como vitais os conselhos e a liderança do jogador da Juventus no dia a dia. Recentemente, viralizaram nas redes sociais trechos de discursos feitos por ele nas redes sociais.

“Pensarmos sobre nossas atitudes, pensamentos, mas não só no futebol. Isso no dia a dia. Todos devíamos buscar isso, não agir por impulso. Nos faz pensar em nós, nos próximos, em como vão receber nossa mensagem. Antes de dormir penso em como foi a dinâmica do dia, o que podíamos evoluir. O que tenho a mais de vida para doar a eles? Não sei, todos têm história rica. Penso em mim e neles, nessa coisa humana, não só futebolista”, explicou.

Ele disse ter como inspiração nomes como Lúcio, Thiago Silva e Júlio Cesar: “Fico satisfeito quando escuto meus companheiros falarem de mim dessa maneira. Calhou termos muitos mais novos, eu tenho um tempo aqui dentro. Anos atrás tive minhas referencias, Lúcio, Thiago Silva, Júlio César, é gratificante agora. Estou pagando o que recebi. É genuíno, natural, acredito que os meninos estão entendendo a proximidade da estreia. Diminuir o nível de estar muito tranquilo e apertar os dentes, cada jogo uma batalha. Tem que entender isso”, finalizou.

Para a partida, o técnico Dorival Júnior confirmou que utilizará o zagueiro Éder Militão e optou por Guilherme Arana no lugar de Wendell na lateral esquerda. O país encara os costarriquenhos nesta segunda, 24, às 22h (de Brasília).

Até o momento, Dorival dirigiu a equipe em quatro partidas, nas vitórias diante de Inglaterra e México, além de empates contra Espanha e Estados Unidos. Arana, curiosamente, só esteve em campo diante dos mexicanos.

O time titular terá: Alisson; Danilo, Marquinhos, Militão e Arana; João Gomes, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Raphinha, Vinicius Jr. e Rodrygo.