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Redação Placar
Publicado em: 24/06/2024
Casa do tetra e de finais, centenário Rose Bowl quase ‘esquece’ 1994
Palco da decisão entre Brasil e Itália, estádio hoje recebe eventos, poucos jogos de futebol e partidas de futebol americano universitário
A seleção brasileira se prepara na Ucla (Universidade da Califórnia em Los Angeles), em Westwood, região metropolitana de Los Angeles, para a estreia na 48ª edição da Copa América, separada por apenas vinte quilômetros do histórico Rose Bowl.
O estádio centenário que pôs fim ao incômodo jejum de 24 anos sem títulos mundiais do país, em 1994, curiosamente hoje pouco lembra do histórico feito da equipe liderada por Romário, Bebeto e cia.
A estada brasileira por Los Angeles, que se encerra na próxima terça, 25, também passará bem longe da casa do tetracampeonato.
Com capacidade para 92.542 torcedores, o Rose Bowl pouco fala de futebol. É sede anual do Rose Bowl Game, que acontece em 1º de janeiro, tradicional jogo de futebol americano universitário entre os campeões da Big Ten Conference e da Pac-12 Conference.
Enquanto PLACAR visitava as imediações, o estacionamento era ocupado pelo Foodieland, espécie de feira com diversos tipos de comida. Não havia visitação e o principal ponto de fotos ficou concentrado a um monumento que homenageia times e jogadores de futebol americano. O local por muitas vezes ainda é aberto para jantares no interior do gramado.
O Rose Bowl recebeu oitos partidas da Copa de três décadas atrás, dois deles do Brasil: a semifinal contra a Suécia, vencida por 1 a 0 com gol de Romário, e a decisão diante da Itália. Possui esse nome pelas mais de 100 espécies de rosas plantadas nos jardins que compõem o complexo.
Ainda foi palco da final da Copa do Mundo feminina de 1999, entre Estados Unidos e China, e de cinco finais de Super Bowl, decisão da principal divisão do futebol americano, a NFL (National Football League), em 1977, 1980, 1983, 1987 e 1993.
No próximo dia 4 de julho, o dia da independência americana, receberá uma partida amistosa entre o Los Angeles Galaxy e o Los Angeles FC, dois times da cidade. Em 7 de setembro, México e Nova Zelândia também se enfrentam no quarto de cinco compromissos firmados pelas federações mexicana e americana.
A conquista brasileira contra os italianos ficou eternizada pela imagem do pênalti perdido por Roberto Baggio na tarde de 17 de julho de 1994. Não há nenhuma menção ao lance, ou homenagem ao time comandado por Carlos Alberto Parreira.
A solitária lembrança está em um painel disposto perto da bilheteria da entrada principal, com reproduções de algumas pequenas fotos daquela Copa e do ingresso da partida final.
O Brasil voltou a jogar no palco em 2001, na vitória por 2 a 1 em amistoso contra os Estados Unidos. Em 2016, um empate sem gols diante do Equador, na disputa da fase de grupos da Copa América Centenário.
O país faz o primeiro jogo no torneio continental diante da Costa Rica, nesta segunda-feira, 24, às 22h (de Brasília), no moderno SoFi Stadium, imponente construção localizada em Inglewood, também na região metropolitana de Los Angeles, na Califórnia.
Inaugurado em setembro de 2020, o palco da estreia da seleção brasileira na Copa América é uma espécie de joia da coroa de um renovado complexo, o Hollywood Park, e pode receber até 70.240 pessoas. Ele foi bancado pelo empresário americano Enos Stanley Kroenke, conhecido como Stan Kroenke, acionista majoritário do Arsenal e do Denver Nuggets, e com fortuna estimada em 16,2 bilhões. Segundo a Forbes, o 155º mais rico do mundo.
No teto do estádio, que tem cobertura retrátil, há um enorme telão de quase 1000 toneladas e área de um pouco mais de 6.500 m². Ele tem 109 metros de extensão, tamanho suficiente para cobrir o campo quase que por completo. É o primeiro a receber a tecnologia 4K HDR.